fotos e textos: gabriel rufo |
A
igreja estava sendo restaurada, e as peças, guardadas em um corredor fechado
com chave, dessas antigas e grandes. Quase tudo estava ali, inclusive o famoso
São Miguel Arcanjo, ao alcance das mãos sedentas e curiosas. Não tocamos em
nada, nem mesmo nos tecidos. Quem somos nós para tocar os santos, basta olhar
de perto.
Depois
de um tempo refletindo, me lembrei de uma discussão calorosa com um amigo,
sobre o uso de imagens em aulas de História da Arte. É certo que temos tudo
quanto é porcaria no mundo a disposição de quem queira, mas, e a cultura que é
negada, aquele material didático. O argumento dele foi o seguinte "não
tenho autorização para disponibilizar essas fotos". Apenas queremos ver e
estudar, apreciar o trabalho dos mestres do Barroco Mineiro, já não basta
aquele discurso do padre, "não devemos entrar em uma igreja, como se entra
em um museu". Isso é engraçado, pois, roubaram em Prados, a portada da
igreja do Livramento. O fato é que, a igreja não consegue proteger o seu
patrimônio, será que é falta de dinheiro, será que algum aluno roubou a portada
da igreja, para estudar de perto.
Sabemos
que os santos devem ficar acima de nossas cabeças, porém, foi maravilhoso
apreciar de perto e de cima para baixo, aquelas maravilhas da Arte, nossa Arte,
nossa cultura e portanto nosso material didático. Assim, sabemos quem somos.
igreja matriz de nossa senhora da conceição |
professora letícia de andrade |
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