Garimpando em São João del Rey e Tiradentes.
“Onde estão os locais?” e “Onde estão as pessoas”, essas foram às perguntas do ceramista, Jackson Li.
Monteiro Lobato escreveu “Cidades Mortas” referindo-se às Cidades estagnadas depois do tempo do café. O patrimônio histórico nas mãos de herdeiros e especuladores.
São João del Rey é uma cidade antiga para os olhares brasileiros, mas para o mestre chinês é um antigo novo, parado, que não é habitado por pessoas que constroem. Em Tiradentes encontramos de tudo: artesanato da China, Indonésia e África, que entram pela “porteira aberta” do Brasil. O comércio desses produtos não gera prosperidade para todos os envolvidos. Uma minoria vive da mão-de-obra escrava desses países. O Brasil sempre teve pobreza e hoje está vivendo da miséria de outros povos. Mas apesar disso tudo, Jackson Li, guiado por olhares atentos, conseguiu chegar aos santeiros, que são a representação da identidade cultural dessas duas cidades mineiras. Marginais e produtivos esses artista não possuem os mecanismos para serem encontrados, pois habitam em suas casas e não nas cidades que deles são.
Jackson em seu trabalho, reconstroi a tradição, criando peças originais. Mostrando como manter vivo e novo o antigo.
texto: gabriel rufo, aluno de artes aplicadas ufsJ
fotos: gabriel rufo, aluno de artes aplicadas ufsj |
Encontro promovido pelo curso de Artes Aplicadas da UFSJ. Participantes: Ralph Justino, Prof. Rogério Godoy, Jackson Li, Profa. Zandra Miranda, Adelaine Nogueira, Sebastião Pimenta e Profa. Luciana Beatriz Chagas
"A minha passagem por aqui é como o vôo de uma libélula, que toca a água rapidamente e já está voando de volta". Jackson Li
"Não interessa de onde você é, sempre voltamos para o barro". Jackson Li
"Todos os objetos que existem nascem da terra e na terra morrem. A terra é mãe de tudo que existe." do livro: Teoria Básica da Medicina Tradicional Chinesa. autores: Yin Hui He e Zhang Bai Ne. tradução: Dina Kaufman
Sócrates nos dizia que a função essencial de todo discurso é conduzir almas...
texto: solange bomfim mano